sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Tudo (tudo mesmo) sobre a vida pré-embarque

Ps.: Esse post é para me redimir pela falta de postagens aqui! Senta que lá vem tópicos! :)

O último dia no trabalho

Depois do visto, conversei com a minha coordenadora sobre a viagem e disse que ela poderia contar comigo até uma semana antes do meu embarque. Sabia que seria a maior correria, mas decidi ficar até onde eu pudesse porque a creche precisaria de mim e eu, do meu suado dinheirinho. Mas o que eu não sabia é que eu teria direito às minhas férias,

porque sou contratada e não concursada. Estava anestesiada por causa do visto concedido e quando minha coordenadora bateu na porta da minha sala pra me dar essa notícia, tive a certeza de que Deus estava trabalhando nos mínimos detalhes para que esse intercâmbio desse certo, enfim, fiquei mais anestesiada ainda!

Mas queria deixar registrado aqui que foi uma experiência incrível trabalhar lá. Não só pela experiência que adquiri com crianças, mas por fa
zer parte da vida delas e elas da minha. Vou sentir muita falta dos meus bebês, das risadinhas e das vozes suaves, dos abraços e beijos espontâneos, das brincadeiras. E, é claro, das grandes amizades que fiz lá.

Quando o visto chega...




...É uma emoção indescritível. Você fica namorando o passaporte por dias e dá uma vontade louca de sair mostrando pra todo mundo, mesmo com aquela foto horrorosa!




E a PID?

Fiquei meio preocupada com isso, porque esperei minha permissão vencer, pra poder pegar a definitiva e, finalmente, solicitar a PID, e nisso, estava faltando menos de um mês para o embarque. Fiquei com medo de não chegar a tempo. Mas, vocês sabem né?! Deus no controle, nada dá errado. Solicitei na Ciretran mesmo, porque a CC sugeriu e disseram que no Detran, a coisa é complicada. Chegou rapidinho e ela já está lá na minha pastinha toda bonitinha!


Flight Details


Acho que depois que toda parte burocrática do processo é resolvida, você não vê a hora dos detalhes do voo saírem. E quando você entra na sua conta extranete vê que, finalmente, está lá, a felicidade vai ao extremo e você se dá conta de que realmente está acontecendo!




Os presentes

Foi um tanto que difícil. Difícil pelo fato de não conhece-los bem, difícil pelo fato da host mom ser brasileira e difícil pela minha criatividade, ou por falta dela. Peguei umas dicas com a atual au pair, o que tornou tudo mais fácil! Olha aí os mimos:

Para o host dad

Para a host mom

Para minha little princess

Para meu big boy

E para a LCC

As malas. Ahhhh, as malas....

Nunca gostei de fazer malas. Ou eu coloco roupa demais, ou coloco de menos. Sempre esqueço alguma coisa importante e sem falar na preguiça de separar tudo, lavar tudo, estender tudo e passar tudo...Afe! Mas, dessa vez, não teve jeito. Tive que arregaçar as mangas e ir à luta. Tirei
tudo do guarda-roupa, separei o que queria levar, o que ia ficar e o que ia para a doação.

Desapego total

O segundo passo foi ficar de olho na previsão do tempo e verificar nos sites das companhias aéreas o peso máximo permitido das bagagens, o que, na verdade, foi uma péssima notícia. Como vou pegar voo doméstico lá nos States, posso levar só 23 kg na mala despachada + a bagagem de mão. Além disso, assim que chegar na Califórnia, do aeroporto, já vou para uma weekend trip com a minha host family para o Lake Tahoe (yaaay!). E como lá faz um friozinho básico, então, tive que colocar peças mais pesadas na mala.

Mas para ajudar quem está nessa fase, vou mostrar como fiz as minhas malas e algumas dicas.

Bagagem de mão:

Nessa mala, estou levando só roupa:

1 calça jeans
1 calça de moletom
1 blusa de moletom
1 casaco
1 camisa
3 blusas de manga longa
7 blusinhas
1 cachecol
Meias/Roupas íntimas
1 par de tênis
1 sapatilha
1 chinelo

Pra caber tudo isso, tiver que utilizar alguns "truques":

As meias coloquei dentro do tênis; coloquei as calças no fundo da mala com as pernas para fora, preenchi a mala e, depois, coloquei as pernas das calças por cima de tudo; enrolei as blusinhas e as blusas mais pesadas e o casaco, coloquei abertos dentro da mala.





Bagagem Despachada:

Fiz, desfiz, depois refiz...Só sei que foi um parto! Mas, no fim, consegui fazer a bagaça!

Nela estou levando os presentes, que embalei com plástico-bolha, para evitar amassar as caixas da Natura e quebrar alguma coisa.






Estou levando também os remédios nosso de cada dia:

- Buscopan, para cólica (sem receita)
- Paracetamol, para dores e febre (sem receita)
- Dramin, para enjoo (sem receita)
-Decadron, anti-inflamatório, que uso quando estou com bronquite (com receita)
- Atrovent/Berotec, broncodilatadores (com receita)
- Aerolin ou a famosa "bombinha", broncodilatador (com receita)
E só!


Os famosos kits 'unha', 'maquiagem', 'higiene', que estão bem básicos e o restante das roupas que vou listar depois da foto!


1 calça jeans
1 calça social
1 calça de moletom
1 blusa de moletom
1 casaco leve
1 casaco grosso
3 blusas de manga longa
2 blusas de lã
10 blusinhas
3 vestidos
3 pijamas (inverno, meia-estação e verão)
2 shorts (um jeans e um social)
2 cachecóis
1 gorro

A montagem, vou mostrar pra vocês (que já devem estar morrendo de sono, por causa do tamanho do post!)

O "Antes"

1°: Arrumei os presentes

2°: Comecei a montar com o mesmo esquema da bagagem de mão

3°: Quase pronta

E, finalmente, pronta!

Mala G: 20kg/Mala P: 8 kg

E é isso! Nem acredito que falta apenas algumas horas pra ir. Mas, à respeito dos meus sentimentos, vou falar no meu último post antes de embarcar.

Beijos e queijos


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Correndo atrás do visto e... I got it!

A ansiedade pelo dia do visto é surreal. Não é nada comparado com a ansiedade de ficar on line ou de esperar pelo match. É muito mais que isso, é o medo misturado com a insegurança e o temor de ver o que você sonhou tanto tempo ser destruído por "não". Além de todos esses sentimentos, parei completamente de me imaginar lá, de pensar como seria a minha vida nos Estados Unidos. De uma hora pra outra, passei a bolar o plano "B", no caso de não ter o visto concedido. Mas, felizmente, o plano "B" vai ficar pra próxima porque: I got my visa!!!


Como de praxe, vou contar aqui a saga:


Minha entrevista estava marcada para 7h30, em São Paulo. Cheguei no consulado às 6h30 e já havia A FILA. Pra entrar, havia uma moça do "Posso Ajudar?" pedindo a Confirmação de Agendamento, Confirmação do DS-160, foto, Comprovante da Taxa do Citibank e o passaporte.


Entrei, e já peguei a primeira fila. Logo percebi que estava sem a minha caneta. Aí lá vai eu pedir uma help pro papis, que prontamente me trouxe uma caneta. *Nota: É sempre bom levar a caneta, mas, caso você esqueça, não se desespere por isso, sempre tem gente que tem uma pra emprestar. E ali, todo mundo é solidário!

Na primeira fila, eles passam grampeando todos os documentos que citei acima e pedem pra você guradar na pasta novamente. Essa fila leva para uma entrada, onde tem uma porta e por lá passam de dois em dois. Quando passei lá, deixei a minha pasta na esteira do raio-x, passei pelo detector, peguei a pasta e fui adiante, só seguindo o fluxo! De lá, segui até a segunda fila pra pegar a senha. Nessa hora, você tem que estar com todos aqueles documentos que foram grampeados mais a Taxa Sevis e o DS-2019 assinado.

Peguei a senha e fui para a terceira fila, que te leva para os guichês da Pré-entrevista. Lá, entreguei os documentos citados acima e me foi perguntado o motivo da viagem. Não precisa pedir ajuda aos universitários, a reposta é simples: Intercâmbio.

Acabou as filas? Não, não acabou. Saí da Pré-entrevista e fui para os guichês ondem colhem as digitais, que fica do lado. Nessa parte, não é bem uma fila. Você tem a senha e fica aguardando ela ser chamada, mas não há uma sequência numérica. Então, fica de olho pra não perder a vez! Essa etapa foi a mais demorada e acredito que fiquei esperando a minha vez durante uns 50 minutos. Quando, finalmente, apareceu a minha senha no monitor, fui pro guichê indicado. Lá coloquei os quatro dedos da mão esquerda, depois os quatro da mão direita e, por fim, os polegares. Ufa!

Saí dali e já tremendo na base, segui pra última e mais temida parte do processo: A Entrevista. Foi a parte mais rápida, não deu tempo nem de escutar as entrevistas alheias, o que foi bom e me deixou menos nervosa. Chegou a minha vez e fui parar no guichê 16, onde encontrei um cônsul que aparentava uns 40 anos, de estatura baixa e simpático (graças à Deus). Segue a entrevista:

SS - Senhor Simpátia

EU - Eu mesma!


EU - Bom dia! (contido, mas simpático)

SS - Bom dia! Passaporte e formulários


SS - Pra onde vai, Talita?

EU - Santa Rosa, CA


SS - assinando o DS e colocando o meu passaporte na caixinha (Aprovado!)


SS - E o que você vai fazer lá?

EU - Intercâmbio, Au Pair


SS - E o que você faz aqui?

EU - Sou educadora de creche e estou com a faculdade trancada no momento.


SS - Você fala inglês?

EU - A little bit


SS - What the family's name that you are going to work with?

EU - ****** Famliy


SS - How many kids?

EU - Two. A boy and a girl.


SS - O que seus pais fazem?

EU - Meu pai é vendedor autônomo e minha mãe é falecida.


SS - O que seu pai vende?

EU - Acessórios para computador, baterias, pilhas, ...


SS - E onde você aprendeu inglês?

EU - Com uma professora particular, por quatro anos (Nem sei porque falei isso! hahaha Não é a verdade)


SS - Ok. Seu visto foi aprovado! Esse aqui é um manual falando dos seus direitos e blá blá blá. Pode pagar o sedex!

EU - Obrigada! Tenha um bom dia!


Saí dando Glórias a Deus! Pois estava preparada pra uma longa e difícil entrevista. Mas foi tranquila, acho que durou un dois minutos e praticamente em português.


Fatos e boatos:



  • O consulado é organizado. O que, às vezes, acontece é a falta de informação ou falta de atenção de quem está aplicando para o visto.


  • Os "Posso Ajudar?", em sua maioria, são grossos.


  • Manter a calma é fundamental. Eu estava muito nervosa, mas fui firme nas respostas e não deixei transparecer meu nervosismo.

E é isso! Tô feliz! Mas, a ficha ainda não caiu que daqui há dois meses estou embarcando pro mais longe do que pude imaginar que iria! E é graças ao meu Senhor, a quem sirvo, que tudo está se realizando!


Agora, é correr! Porque a aventura, de fato, começa agora!


"Tudo posso naquele que me fortalece"


quinta-feira, 23 de junho de 2011

O caminho percorrido até o MATCH!

Sim, é isso mesmo! I Have a Match! Acreditam? Pois eu ainda não!


Na verdade, já estou acreditando porque isso aconteceu há um tempinho, mas não tive tempo de vir aqui contar #shameonme


Bom, do último post até hoje, muitas coisas aconteceram. Pensei em adiar, pensei em voltar pra faculdade, pensei em arrumar um emprego na minha área em outra cidade, pensei e pensei. Mas eu sempre chegava a mesma conclusão: a hora é agora, não dá pra esperar.


Bom, mas tudo aconteceu assim: meu app estava on hold e na minha ânsia de conseguir logo uma família, pedi pra agência colocar meu application on line novamente. O que foi uma decepção, pois passei um bom tempo sem nenhuma família no app. Aí comecei a buscar, incansavelmente, famílias pelo GAP. Daí comecei a conversar com uma família da Pennsylvania. Pareciam ser a perfect family pra mim. Foram vários e-mails, skypes, conversas com a atual au pair. A host mom chegou a se inscrever na Cultural Care pra pegar meu application, mas, a vida é uma caixinha de surpresas. No mesmo período, uma outra family, da Califórnia, entrou no meu app. Assim, a família da Pennsylvania não conseguiu visualizar meu perfil (porque na CC, nós, pobres au apairs, não podemos ter mais de uma família por vez no app). Aí, essa outra família entrou em contato comigo. Aí pensei: que ótimo! #eagorajosé


E a conversa fluiu. Até mesmo por uma coincidência. A atual au pair deles é uma garota que conheci no início do meu processo, quando ela ainda estava aqui no Brasil. Acompanhei o processo dela pelo blog e começamos a conversar frequentemente à respeito da família.


E entre conversas e mais conversas, me vi entre duas famílias. Engraçado que pedi uma família pra Deus, e Ele me deu duas, pra escolher. Não sabia o que fazer. Queria vir aqui no blog, divulgar o que estava acontecendo, ir no facebook, no orkut, nos jornais, pra pedir ajuda e opiniões, mas era uma decisão minha. Só eu podia resover isso.


Fiz, então, a famosa listinha dos prós e contras. E deu empate! #eagorajosé2


Até que encontrei uma garota que já havia trabalhado como au pair para a família da Pennsylvania, e conversamos à respeito da família. Ela fez até questão de me ligar em casa. E o que foi dito por ela me ajudou a chegar numa conclusão.


Então tomei minha decisão, pedi desculpas pelo todo tempo tomado pra família da Pennsylvania, mas acreditava que não seríamos um bom match.


Assim, escolhi (sim, escolhi!!) e fui escolhida pela família da Califa! Yeahhh! Acredito que somos um bom match, me senti muito a vontade com os hosts e, principalmente, com as kids (que são as coisas mais fofas!). Além disso, a atual au pair, a Évelin, foi maravilhosa comigo, e me atendeu em todas as dúvidas. Da mesma forma que a minha host também me esclareceu, sinceramente, tudo.


Mas, let me say about my host family! Como foi dito, são da Califórnia, de Santa Rosa. São duas kids lindas! Um cute boy de quase 3 aninhos e uma little princess de 1 ano! Embarque para outubro.


E, vida de au apair é assim: quando um ansiedade termina, a outra começa! Afinal, agora é a hora da verdade: O Visto. Está marcado para 5 de agosto e está nas mãos de Deus, como sempre. Mas, até lá, vou atualizando o blog! Well, I'll try! Torçam por mim!


Obrigada mais uma vez meninas, que mesmo sem atualizar, o número de seguidoras tem aumentado!


Beijos e queijos!


"All I need is You

All I need is You Lord

Is You Lord"

domingo, 6 de março de 2011

Uma bifurcação no meio do caminho

E a vida continua...

Depois do último post, recebi mais duas notificações. O que, pra mim, é muito. Já que recebia uma ou outra de vez em quando, mas de vez em quando mesmo (ênfase no mesmo).
A minha sexta notificação foi de uma família da Califórnia. Foi minha primeira notificação YOU HAVE A MATCH.

*Quem está inscrita na CC, sabe (ou não) que existem dois tipos de notificações: a Cultural Care Host Family Match, que, normalmente a família fica três dias com seu app e se não entra em contato, o sistema tira eles de lá. Nesse tipo de notificação, a informação da família é bem básica.
A notificação You Have a Match, a família já fica por mais tempo, até 15 dias segurando seu app. Aí já aparecem mais informações, como o contato da LCC, a data de embarque e, se a família permitir, o application total deles, com o e-mail, telefone, etc...

Enfim, recebi a notificação e como uma boa pesquisadora, fui atrás de tudo, tanto que encontrei o host no facebook. Aí veio a dúvida: mandar ou não mandar mensagem? Eis a questão... Lá pelo 5° dia com meu app, resolvi mandar a msg, só que quando fiz o login no site da CC, eles já não estavam mais lá. Bobiei, dancei.

Nesse mesmo período, o contrato do apartamento ficou pronto. Ou seja, desembolso de dim dim. Bom, eu já não o tinha. Agora então, muito menos...

Assim que família da Califórnia saiu do meu app (snif snif), a sétima entrou. Eu pensei: tá de brincadeira né!

Nessa, eu recebi a Cultural Care Host Family Match. Uma famíla do Brooklyn, NY (Pasmei!)
Quando deu o terceiro dia, pensei que eles iriam sair, porque não entraram em contato. Aí, entrei no meu e-mail e tinha um: YOU HAVE A MATCH. Entrei mais do que depressa no meu login, pensando que já era outra família. Mas não. Era a mesma.

Aí pasmei [+1]! Tinha tudo deles lá!!!! (quase tudo: só não tinha foto). Aí pensei: vou mandar um e-mail. Mas como só penso e não executo, acabei não mandando. O que não foi necessário, porqueeee... No dia seguinte, estava eu lá cuidando dos meus babies na creche, o celular toca e, sim, era o host. Pasmei [+2]! A ligação estava horrível, mal entendia o que ele falava e, pra piorar, parecia que eu não sabia inglês (na verdade, eu não sei, mas o pouco que eu sei, não saiu na hora). Era é a emoção!

Então combinamos de nos falar no domingo à noite (hoje, pra ser mais exata).

Mããããs, como na minha vida sempre tem um “porém”, não ia ser diferente agora! O embarque seria pra 11 de abril e, embora eu esteja louca pra ir logo, tenho o bom senso de que, agora, tão próximo assim, não daria pra mim. Eu ainda tenho muito assunto pendente aqui, ou seja, minha família, as despesas do apartamento, e outros problemas, que não vou contar aqui, pra não expor os conflitos alheios. Não conseguiria pagar o programa, nem ir atrás do visto e todas essas coisas em menos de um mês. E isso me corroeu esses dias. Não queria perder essa família, porque gostei deles. Mas como eu iria fazer?! Eis que veio a resposta de Deus: eles me mandaram um e-mail (agora a pouco) dizendo que não iriam me ligar, pois queriam alguém pra começar imediatamente, o que não é o meu caso.

Fiquei triste. Primeiro contato da agência, depois de quase 5 meses on. E o primeiro “fora”. Mas, no fundo, fiquei aliviada. Senti, de verdade, que Deus vai me conceder esse sonho. Mas no momento certo. Se eu tenho que passar por tudo o que estou passando, eu vou encarar. Percebi que esse programa tem sido minha válvula de escape. E não é pra ser assim. Isso é uma realização de um sonho. E se é um sonho, não posso transformar isso em pesadelo.

O que mais posso fazer?! Esperar, ué!

Então, que venha a próxima!

*Update: Depois que escrevi o post, respondi o e-mail do host (aquele que me deu o fora) agradecendo o tempo deles, e quase que na mesma hora ele me respondeu:

"Thanks, Talita. I apologize again that we could not wait for you, because your profile was great.


We hope you find an incredible family and have a great experience.


God Bless!"


Eu não sei se essa resposta me deixou feliz ou triste. Por um lado, meu app foi elogiado, assim eu desencano e páro de pensar que o problema sou eu. Por outro lado, foi um match perdido =(, num lugar ansewone e com uma great family...

Vai entender os planos de Deus...

Eu não sei para onde o Senhor me leva. Só sei que Ele me guia.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O que acontece é que...

O tempo corre tão rápido que mal consigo alcançá-lo. Quando dou por mim já é tão tarde, só sinto minhas pálpebras fechando sozinhas e, quase que como um zumbi, vou pro meu quarto e durmo, ainda orando...Queria que meu dia tivesse umas 30 horas pra que eu pudesse fazer tudo: deixar o almoço pronto pro dia seguinte, planejar as aulas e confeccionar os materiais necessários pra dar para as crianças na creche, estudar inglês, assistir a novela, jogar papo fora no msn, ler os blogs e...escrever no blog (#sorrisoamarelo)
A minha vida não mudou e mudou ao mesmo tempo. Aconteceram tantas coisas, mas o que eu queria que acontecesse, não aconteceu...
Mas, vamos aos fatos:
1°- Comecei o ano até que bem. No mundo real, tudo foi tranquilo. Pensei que seria mais difícil encarar um ano novo sem a minha mãe, mas eu tenho um Deus maravilhoso, que me suporta. E se eu O tenho, tudo vai bem.
No mundo auperiano, comecei bem também, conversando com uma family (do GAP). Gostei muito deles e, pelo que parecia, eles também gostaram de mim. Trocamos vários e-mails, tive um skype com a host mom e eles ficaram de marcar um skype com o host dad. Mas isso não aconteceu...Até que mandei um e-mail perguntando se tava tudo ok, eles responderam gentilmente dizendo que ainda precisavam ainda de few weeks pra tomarem uma decisão. Respondi que tudo bem e, cá estou, esperando até hoje...#fail
E as coisas que acontecem, ou melhor, que não acontecem, acaba desencadeando um efeito dominó. Se tivesse fechado com eles, tudo o que está descrito aí em baixo, não aconteceria.
2°- No mundo real, nós, eu e a minha família, decidimos nos mudar. Ir para um outro lugar, outra cidade, outra vida...Estava decidido, mas não faríamos isso tão cedo. Acontece que coisas acontecem (?) e vamos nos mudar "em breve". E com essa mudança, uma parte de mim acha que seria melhor eu adiar essa coisa de au pair, deixar pra mais tarde. E a outra parte me diz todos os dias: continua com os seus planos... #eagoraJosé?
3°- Toda essa indecisão surgiu porque passei esses dois meses (sim, 2 longos meses) sem notificação da agência. E se nada acontecia, por que insistir nisso? Então, aquela parte que dizia: "adia isso, minha filha", falou mais alto e mudei minha data de embarque para julho. O que, na verdade, não refrescou em nada... (leia aí embaixo, pra você entender!)
4°- Com a mudança que estamos planejando, resolvemos tentar comprar um apartamento. Mas pra que isso aconteça, seria necessário a colaboração financeira de todos (leia-se: todos) e eu estou incluída nisso. Ok! Pensei: Já que estou sem notificação, ninguém me quer, vou entrar nessa...Vimos o apê, que está na planta ainda e fica pronto em maio do ano que vem. Mas, simplesmente, me apaixonei e fiquei excited com isso! Primeiro apê da família. Um lugar pra chamar de nosso (moramos na casa da minha vó). Depois que vi e demos a entrada na papelada, pensei: vou adiar, de uma vez por todas, esse intercâmbio e tentar o ano que vem, depois que entregarem o apartamento.
Mas...
5°- Eis que surgem, novamente, as notificações. Mas, só são notificações. Não querem dizer nada. Mas, pra mim, dizem. Aquela outra parte de mim, aquela sonhadora, sabe?! Ela diz: não desiste...
Não desiste...
Continua...

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Balanço de um ano inesquecível

Mais um ano terminando. E, de fato, não termina como imaginei.
Há um ano atrás, estava eu na internet com a minha recém descoberta: Au Pair.
Há um ano atrás, nessa mesma data, provavelmte estava lendo um dos milhares de blogs de Au Pairs que eu adicionei nos meus favoritos, estava pensando na roupa que iria usar no dia da virada, estava ajudando a minha família a pintar a casa (afinal, ano novo = pintura da casa nova!), tinha a minha mãe do meu lado pra me escutar sobre o programa de intercâmbio e, provavelmente, estava pensando: esse vai ser o ano de plantio, pra 2011 ser o ano da colheita.
E plantei. Fui atrás. Corri atrás da minha CNH, do meu passaporte, das horas com crianças, de um emprego pra juntar a grana, do inglês, do application. Plantei. Fui mais longe do que imaginava: fiquei on line. Eu sabia que queria aquilo, mas não sabia que teria coragem pra ir tão longe. Ah...tudo bem...Ficar on line não significa que eu vá realizar esse intercâmbio. Mas pra quem se prepara, pra quem deseja fazer isso é um grande passo.
Sonhei. Desejei. E sonhei de novo. E desejei de novo.
Fiquei feliz, comemorei, pulei de alegria, agradeci.
Mas passei medo, sofri, chorei, chorei e chorei. Perdi. Perdi...
Olhando pra trás, olhando cada dia desse ano em que levantei, foi um ano bom. Sim, foi. Eu seria injusta se dissesse que tudo foi horrível. Não foi. Recebi muitas bençãos. Recebi segunda chance. Tive a oportunidade de dizer: Eu te amo. E disse.
Conheci pessoas incríveis. Conheci crianças maravilhosas.
Me descobri forte. Muito mais do que imaginava. E me senti fraca também, o que me fez reconhecer que não posso ser forte o tempo inteiro e que preciso de ajuda de vez em quando. Me senti viva. E sinto. Sinto vontade de vencer. E vou.
Apanhei, caí, mas estou de pé.
E se meu ano velho é inesquecível por coisas não tão boas, que meu ano novo seja um ano inesquecível pelas vitórias e conquistas. Amém.



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O vento que destrói e as mãos que reconstrói

Pensei que não ia escrever mais aqui, ou então, que demoraria pra fazer isso.

Nesse mês que passou depois da minha última postagem, minha vida virou de cabeça pra baixo. De um dia para outro, tudo mudou. Um vendaval chegou, derrubou todos os tijolos erguidos até então.

Não saberia como escrever isso aqui. Pensei em não escrever. Mas resolvi colocar aqui tudo o que se passou. Não pra me lamentar ou qualquer coisa do tipo. Mas como um testemunho a favor de Deus. Já o fiz aqui antes, e vou fazer de novo. Infelizmente, sem o final feliz do outro post, mas pra dizer que quem segue Cristo, não é desamparado.

Como tinha dito, minha mãe estava com câncer e estava em tratamento. Tudo estava bem, até a última sessão de quimio. Ela piorou de um jeito inexplicável. Em um mês, começou o sofrimento, as dores, a debilitação dela. E, dia 18 de novembro, ela faleceu. Não vou contar em detalhes como aconteceu, porque contar é ter que reviver. O importante é que estive com ela até o fim.

É surreal a perda de uma mãe. É olhar para os lados e se perguntar: e agora?
Mas tenho Deus no meu coração e todos os dias sinto o conforto e a paz que Ele tem me dado. Como evangélica, sei que ela dorme, sem dor ou sofrimento. E sei que ela dormiu em Cristo, porque ela era incrívelmente boa. A melhor mãe, esposa, mulher que eu já conheci.

Depois de tudo isso, não sabia mais o que iria fazer em relação ao intercâmbio. Tenho minha irmã, meu irmão e meu pai aqui, e senti que deveria estar com eles. Então resolvi ligar na agência e pedi o hold do meu app. Isso aconteceu na segunda (dia 22). E pra mim tinha ficado assim: meu app tava off e tinha que resolver o que ia fazer.

Pra mim, meu app tava off, mas na segunda (dia 29) recebo um e-mail da CC, aquele da family que está com o seu app...Tipo, OI?! Meu app não estava off?

Enfim, a empolgação foi tanta que por algum momento, esqueci tudo de ruim, e como uma boa sonhadora que sou, toda aquela vontade e desejo de viver aquilo voltou como se fosse mágica. Parecia uma criança que tinha recebido um doce. Fiquei boba! Vocês ficaram assim quando receberam a primeira notificação?

Enfim, quando foi hoje, na hora do meu almoço, eles já não estavam mais lá.
Fiquei um pouco chateada. Mas não me desesperei...até porque, não estava nem esperando isso...

Agora a pouco, entrei no meu e-mail eeeeee...outra familia no meu app....Tipo: OI? [+1]

OK...e agora? É pra mim ir? Não consigo entender os sinais de Deus na minha vida.
Tinha decidido adiar e agora as famílias começam aparecer...Sei lá...

E é isso girls...
Vou esperar e ver o que acontece. Agora, estou vivendo um dia de cada vez. Com sonhos sim, mas sem grandes expectativas. Quero que Deus faça a vontade dele na minha vida e eu sei que Ele vai fazer o melhor pra mim e pra minha família.

Ah....tenho que ler os blogs! Vou ler aos pouquinhos e vou comentando ok?!

Beijão pra todas